sábado, 23 de novembro de 2013

OLHÃO: A MORTE ANUNCIADA DA RIA FORMOSA

De desmentido em desmentido, as entidades publicas envolvidas na Ria Formosa, de tanto branquearem os crimes cometidos contra a Ria e de quem nela labuta para sobreviver, acabam mais tarde ou mais cedo, mostrarem a fragilidade dos argumentos.
Ontem, dia 22 de Novembro veio publicada no Diário da Republica http://dre.pt/pdf2sdip/2013/11/227000000/3425534258.pdf a classificação da zona de produção de bivalves, onde se pode ver para o que evoluiu a até estava atribuída à Ria Formosa, particularmente na zona de Olhão.
Assim, mantêm a classe B as zonas da Barrinha - Marim, Lameirão - Culatra, Fuzeta - Murteira, mas passam a classe C a Regueira da Agua Quente, Fortaleza - Areais, Ilhote Negro - Garganta.
A classificação de uma dada zona em C apenas permite a apanha de bivalves para transposição para zona B ou A por tempo prolongado antes de serem encaminhados para as depuradoras.
Mas se isto é valido para a Ria, na zona de costa entre a foz da Ribeira de Quarteira até à foz do Rio Guadiana passa a classe B o que obriga à depuração dos bivalves, particularmente da conquilha.
A mudança de classificação é feita em função da monitorização efectuada ao longo de três anos e é determinada pelo numero de coliformes fecais presentes na carne dos bivalves. Ou seja, nas áreas que antes tinham a classificação de B e passaram a C, há um acréscimo de coliformes, o que sempre tem sido negado pelas entidades oficiais, em particular das Águas do Algarve como se pode ver em

Convém desde logo dizer o impacto que uma tal classificação vai ter na economia local, uma vez que nas áreas classificadas em C não podem vir para terra. ou seja a fome e miséria vai aumentar. Lamenta-se que uma vereadora eleita pelo PSD, técnica superior do IPIMAR, conhecedora do problema, nunca se tenha pronunciado para dizer a verdade, mas antes branquear através de estudos encomendados, no âmbito do FORWARD, chegando ao ponto de se atribuir às escorrências superficiais da agricultura. Escondendo a realidade, essa é a única verdade.
E como não podia deixar de ser, logo que se soube da alteração das classificações das zonas, apareceram uns pescadores de águas turvas distorcendo os factos e atribuindo a quem quer o melhor para a Ria Formosa, indiferente a interesses alheios.
É agora altura de questionar a Câmara Municipal sobre o que pretende fazer na defesa do Povo de Olhão, que serviu de bandeira eleitoral de quase todos os partidos. 
Que a situação é revoltante, é.

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