A Rita anda à procura do esquilo vermelho
É um projecto do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro
Há vários séculos atrás era um animal comum das florestas portuguesas. Mas o sonho do Infante D. Henrique de dar novos mundos ao mundo arrasou boa parte da floresta portuguesa e deixou o esquilo-vermelho a ver navios - diz a Universidade de Aveiro.
Sem habitat, desapareceu do país durante centenas de anos até que, durante a década de 80, a população da Galiza cresceu e muitos esquilos passaram a fronteira rumo ao Minho. Por onde andarão hoje? Que hábitos têm? Estarão em expansão? Atrás das respostas está Rita Gomes Rocha, a bióloga da Universidade de Aveiro (UA) que criou o projeto Esquilo Vermelho em Portugal.
“O projecto tem como objectivo primordial perceber a expansão do esquilo vermelho no território nacional, quais os factores que influenciam essa expansão e os seus padrões de comportamento”, explica Rita Gomes Rocha.
O primeiro passo do estudo de Rita Gomes Rocha, um trabalho que está a ser efcetuado no âmbito do curso de pós-doutoramento que frequenta na UA, “é fazer o levantamento de dados com a ajuda de todos”. Na impossibilidade de estar permanentemente presente nas áreas florestais de Norte a Sul do país, a bióloga agradece o contributo de todos quantos avistarem esquilos ou indícios da sua presença enviando os registos através de um inquérito online ou da página de Facebook do projecto.
Relatar pinhas roídas também ajuda
Mas nem só avistamentos de esquilos pede a bióloga para serem relatados. “No chão das florestas também se observam pinhas roídas, que são indícios de presença desta espécie”, diz.
Por isso também pode dar conta à investigadora de “pinhas roídas pelo esquilo que têm um padrão peculiar, pois os animais deixam as escamas do topo que formam um pequeno tufo, e são bastante fáceis de reconhecer no chão das florestas”.
Infelizmente, e porque esta espécie é afectada pela rede rodoviária,“também se pode testemunhar os animais mortos encontrados nas estradas”.
“Isso levou a uma destruição e fragmentação do habitat do esquilo o que originou o declínio das populações e consequente extinção desta espécie em território português”, explica Rita Gomes Rocha.
Já durante a década de 80 do último século, o esquilo vermelho expandiu-se da Galiza, em Espanha, para o norte de Portugal.
A expansão posterior, aponta a bióloga da UA, foi bastante rápida, sendo que em 2000 o esquilo já se encontrava distribuído por todo o norte do país até ao Rio Douro.
“Actualmente, já existem registos até quase ao Rio Tejo, mas não se sabe exactamente até onde é que esta espécie ocorre”, diz.
Em desenvolvimento na Unidade de Vida Selvagem do Departamento de Biologia da UA, o Esquilo Vermelho em Portugal quer ainda fazer a caracterização genética da espécie para que, no conjunto final dos resultados, se perceba qual o futuro do esquilo em Portugal e se a sua expansão irá continuar ou, pelo contrário, reverter-se.
O primeiro passo do estudo de Rita Gomes Rocha, um trabalho que está a ser efcetuado no âmbito do curso de pós-doutoramento que frequenta na UA, “é fazer o levantamento de dados com a ajuda de todos”. Na impossibilidade de estar permanentemente presente nas áreas florestais de Norte a Sul do país, a bióloga agradece o contributo de todos quantos avistarem esquilos ou indícios da sua presença enviando os registos através de um inquérito online ou da página de Facebook do projecto.
E para que não haja dúvidas quando vir algum, a bióloga descreve o animal da sua paixão: “O esquilo é um simpático roedor com uma cauda bastante felpuda e que pode ser avistado nas florestas portuguesas, principalmente na copa das árvores. Apesar do seu nome esquilo vermelho a sua coloração varia bastante, desde acastanhada a totalmente preta, por isso, é normal haver alguma confusão quando se fala em esquilo vermelho”.
Relatar pinhas roídas também ajuda
Mas nem só avistamentos de esquilos pede a bióloga para serem relatados. “No chão das florestas também se observam pinhas roídas, que são indícios de presença desta espécie”, diz.
Por isso também pode dar conta à investigadora de “pinhas roídas pelo esquilo que têm um padrão peculiar, pois os animais deixam as escamas do topo que formam um pequeno tufo, e são bastante fáceis de reconhecer no chão das florestas”.
Infelizmente, e porque esta espécie é afectada pela rede rodoviária,“também se pode testemunhar os animais mortos encontrados nas estradas”.
Os trabalhos que existem até ao momento sobre o esquilo vermelho em Portugal documentam a sua extinção no século XVI e apontam como causas prováveis a intensa destruição das florestas devido à agricultura e à construção naval que decorreu naquele século.
“Isso levou a uma destruição e fragmentação do habitat do esquilo o que originou o declínio das populações e consequente extinção desta espécie em território português”, explica Rita Gomes Rocha.
Já durante a década de 80 do último século, o esquilo vermelho expandiu-se da Galiza, em Espanha, para o norte de Portugal.
A expansão posterior, aponta a bióloga da UA, foi bastante rápida, sendo que em 2000 o esquilo já se encontrava distribuído por todo o norte do país até ao Rio Douro.
“Actualmente, já existem registos até quase ao Rio Tejo, mas não se sabe exactamente até onde é que esta espécie ocorre”, diz.
Fonte: Ciência Hoje A Rita anda à procura do esquilo vermelho
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