Pois é esta é uma pergunta para a qual existem inúmeras respostas apesar de ter um conceito muito próprio, pois temos a sustentabilidade económica, a social e a ambiental, entre outras que poderíamos enunciar, mas estas são as principais e as que a comunicação social por vezes aborda, digo por vezes pois as noticias relacionadas com estes temas raramente são abordadas, quando comparadas a temas muito menos relevantes para a nossa sociedade.
No meu ponto de vista sustentabilidade não é pensar no agora, mas sim no futuro, pensar seriamente no amanhã. Neste momento tentar ser ambientalmente sustentável não é consumir de forma a que as gerações futuras não sejam afectadas, pois a geração anterior à nossa e a anterior a essa não pensavam que era preciso ter uma atitude sustentável para com o planeta e as gerações futuras, por isso mesmo temos de ter uma postura muito mais activa e ser sustentável para a geração futura é realizar projectos para que sejam sustentáveis não só para os nossos filhos e netos, mas sim para as próximas três ou quatro gerações.
Principalmente visto termos a grande desvantagem de ninguém ter pensado em nós como geração presente, o que não invalida a atitude positiva que temos de ter por sermos os primeiros a ter noção de que pode e deve marcar a diferença, mas isto tem de ser incutido à nossa sociedade, pois é uma responsabilidade nossa e que deve ser sustentada pelas politicas de comunicação de cada país.
A grande vantagem desta geração actual e das gerações futuras, é principalmente de não ter de usar apenas o conceito de sustentabilidade económica para um projecto ser viável, separado do conceito de sustentabilidade ambiental, ou de sustentabilidade social, podemos sim usar o conceito de sustentabilidade num todo, o qual incute a responsabilidade social e ambiental de forma a que qualquer projecto seja economicamente viável sem descurar a parte social e ambiental no qual ele se sustenta.
Visto gostar pessoalmente da temática ambiental e de sustentabilidade aos mais diferentes níveis, acompanho estas mesmas nos média nacionais e internacionais, e por vezes dou comigo a pensar como será que grande parte da comunicação social ainda comporta-se desta forma no que toca à temática ambiental. Como podem ter uma atitude tão econômica e tão pouco social e ambiental? Será que podemos falar numa comunicação social ambientalmente insustentável? Será que é preciso um rio acordar vermelho um dia para notarmos que a poluição é um problema em certa região da China? Será preciso uma ONG ambiental para nos alertar para os impactos que a barragem do Tua tem, e enviar imagens de centenas de peixes mortos, para que o tema seja abordado pela comunicação social? É verdade a desgraça alheia vende melhor, sempre vendeu, mas se pensarmos que estes são temas de abertura de telejornais e primeiras páginas de jornais e site de noticias, onde ficam as noticias positivas que devem servir de exemplo? Onde estão as noticias sobre as inúmeras teses de mestrado e doutoramento que se realizam nas nossas universidades e que apenas são noticia quando são reconhecidas lá fora? Será que é preciso esperar que sejam os outros a nos reconhecer primeiro?
Este vazio na comunicação social já começa a ser colmatado em algumas publicações a nível nacional e internacional, com o uso jornalistas especializados quer na temática ambiental, quer na sustentabilidade, quer nas alterações climáticas, sendo estes os três principais temas neste momento.
Cláudio Jardim 29/07/2014
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