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Os jacintos-de-água são uma das espécies invasoras mais conhecidas em Portugal |
Prejuízos causados por estas plantas estão calculados em 12 milhões de euros por ano.
A Comissão Europeia (CE) apresentou nesta segunda-feira um
pacote legislativo que visa travar o aumento do número de plantas invasoras na
Europa. Uma das medidas propostas é a elaboração, por todos os Estados-membros,
de uma lista de “espécies exóticas invasoras preocupantes” que serão banidas,
ficando proibida a sua importação, comércio e utilização.
Segundo a CE, existem
actualmente na Europa mais de 12 mil espécies exóticas, ou seja, espécies que
não estão no seu habitatnatural.
Mas nem todas são invasoras: apenas 15% pertencem a esta categoria, uma vez que
crescem e se reproduzem rapidamente, prejudicando o ecossistema em que estão
inseridas. “E o seu número não pára de crescer”, alerta a CE em comunicado,
apontando os impactos deste crescimento.
Os prejuízos económicos
causados pelas espécies invasoras estão calculados em 12 milhões de euros por
ano, com riscos para a saúde pública, infra-estruturas e culturas agrícolas. A
nível ambiental, estas espécies danificam os ecossistemas e conduzem à perda de
biodiversidade. Além disso, este é também um problema político. “Embora muitos
Estados-Membros já sejam obrigados a gastar recursos consideráveis para fazer
frente a este problema, os seus esforços de nada servirão se se limitarem
exclusivamente ao plano nacional”, alerta a CE.
Por isso, o comissário do
Ambiente, Janez Potocnik, considera que a Europa deve unir esforços neste
combate. “A legislação que propomos ajudará a proteger a biodiversidade e
deverá permitir que nos concentremos nas ameaças mais graves. Assim,
reforçar-se-á a eficácia das medidas nacionais e obter-se-ão resultados da
forma economicamente mais eficaz”, afirma, na mesma nota.
A CE propõe que os 28
Estados-membros elaborem, em conjunto, uma lista de plantas invasoras
preocupantes para a União Europeia (UE). “As espécies seleccionadas serão
banidas da UE, deixando de ser possível importá-las, comprá-las, utilizá-las,
libertá-las ou vendê-las.” Além disso, durante o período de transição (não
especificado na nota), serão adoptadas medidas para apoiar os comerciantes,
criadores e proprietários destas espécies.
A proposta de Bruxelas, que
ainda vai ser examinada pelo Conselho e pelo Parlamento Europeu, prevê três
níveis de intervenção: prevenção para evitar a introdução das espécies no
território da UE, alerta precoce e resposta rápida nos casos em que a espécie
seja detectada na Europa, e gestão das espécies que já se propagaram.
Em Portugal, também tem
aumentado o número de espécies exóticas, segundo os investigadores responsáveis
pelo projecto Invasoras, da Universidade de Coimbra.
Actualmente existem em Portugal continental cerca de 670 espécies exóticas, das
quais 8% têm comportamento invasor, segundo a informação disponível nosite do projecto.
Desde 1999, Portugal tem
legislação que regula a introdução de espécies exóticas, na qual estão
assinaladas as invasoras, cuja detenção, criação, cultivo e comercialização são
proibidos. Entre as invasoras mais conhecidas e problemáticas em Portugal estão
as acácias, as mimosas, o chorão-das-praias (que invade dunas e zonas arenosas)
ou o jacinto-de-água. "
De: http://www.publico.pt/ecosfera/noticia/bruxelas-propoe-nova-legislacao-para-travar-especies-invasoras-1605284 Publico a 09/09/2013
Infelizmente em Portugal a fiscalização a comerciantes de plantas e pequenas lojas de flores é quase nula, pelo que mesmo com legislação o controlo será praticamente zero.
Por exemplo a Madeira tem várias espécies exóticas que põem em risco um património natural tal como a Laurissilva e mesmo assim algumas delas são tratadas como se nada fosse pois os seus frutos são muitas das vezes apresentados como produtos típicos dessas mesmas ilhas, estou a falar por exemplo do maracujá banana o qual podemos ver em vários pontos da floresta e mesmo em áreas que são consideradas pela UNESCO como património natural.
Cada vez mais é urgente a criação de fiscalização ambiental no nosso país, e sim essa já existe mas infelizmente não é eficaz pelo que temos de mudar de atitude e ter mais controlo das situações ambientais, pois o nosso maior património está nas nossas costas marítimas e nas nossas florestas.
Cláudio Jardim 10/09/2013
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