sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Costa Laurissilva a Geoparque da UNESCO

Os municípios de Santana, São Vicente e Porto Moniz, na ilha da Madeira, ratificaram hoje a candidatura da Costa Laurissilva a Geoparque da UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.
Numa cerimónia no limite dos concelhos de Santana e São Vicente, com vista para o município de Porto Moniz, os presidentes das autarquias subscreveram uma declaração através da qual se comprometem a desenvolver mecanismos legais, financeiros, humanos, logísticos e materiais na candidatura da Costa Laurissilva à Rede Europeia e Global de Geoparques junto da Comissão Nacional da UNESCO.

A floresta Laurissilva foi classificada, em 1999, como património mundial natural da UNESCO e ocupa uma área de 15 mil hectares, predominantemente nestes três concelhos que, em 2011, subscreveram um protocolo de cooperação sob a marca Costa da Laurissilva, para promover a costa norte da Madeira.
Um geoparque é definido como um território de limites bem definidos com uma área suficientemente grande para servir de apoio ao desenvolvimento socioeconómico sustentável e deve abranger sítios geológicos de relevo, mas também património cultural. Os seus objetivos passam pela conservação, turismo e educação para o desenvolvimento sustentável.
Na assinatura da declaração de compromisso, o presidente da Câmara Municipal de Santana, Rui Moisés, realçou a importância que a candidatura representa para a promoção do turismo, apelando ao envolvimento do Governo Regional para que a UNESCO possa "rapidamente" reconhecer este território como Geoparque.
Já o autarca de São Vicente, Jorge Romeira, defendeu que é através da Costa Laurissilva que os três municípios se devem diferenciar do resto da ilha, considerando que pode ser uma vantagem para a fixação dos jovens.
O presidente do município de Porto Moniz, Valter Correia, acrescentou que a classificação como Geoparque pode transformar o "turismo de passagem em permanência de turistas" nestes concelhos e, dessa forma, "maximizar as oportunidades de negócio e de emprego".
Na iniciativa, o secretário do Ambiente e Recursos Naturais da Madeira, Manuel António Correia, classificou o projeto como "exemplar", destacando a "articulação entre os três municípios".
"Numa altura em que mais do que falar em dificuldades, temos de pensar em soluções, uma das soluções é o trabalho articulado, acabar com as capelinhas, defender os interesses comuns de forma comum", declarou Manuel António Correia.
O governante, que garantiu o acompanhamento e o estímulo à candidatura, observou que "a defesa e valorização do património", de que este é um exemplo na região, é um fator de "competitividade" e de "criação de riqueza e de emprego".
"O projeto futuro da Madeira tem de passar por uma eco economia que, simultaneamente, valorize a própria economia, mas também a ecologia", adiantou Manuel António Correia.


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