segunda-feira, 30 de junho de 2014

Mais uma morte nas Levadas da Madeira

 Pois é, desta feita foi no concelho da Calheta, que se deu uma queda de cerca de 20 metros, por parte de uma turista Alemã de 48 anos de idade. Desde já as minhas condolências à família, principalmente ao marido que presenciou a queda da senhora.

 Conheço relativamente bem a levada onde se deu o acidente e tenho a salientar que tem algumas passagens que têm de ser realizadas com algum cuidado, mas nada de muito perigoso, ainda que não esteja a levar em conta pessoas com vertigens, para as quais a grande maioria das levadas e trilhos da Madeira não são minimamente aconselhados. Já tenho visto situações inacreditáveis nestas montanhas, tal co
mo turistas cheios de medo a percorrer levadas, e que podemos ver nos seus olhos que compraram uma visita guiada a algo muito bonito, mas ninguém lhes disse como era o caminho até lá, e mesmo com guia estão apavorados.
 Isto sem falar da noção do mais comum do turista sobre as distâncias e principalmente sobre os desníveis encontrados nos percursos a realizar.
 Continuo a defender que a formação de todas as pessoas que directamente ou indirectamente estão ligadas a este tipo de actividades tal como escrevi aqui no dia 16 deste mês é crucial, para registarmos números bem menos negativos do que os 20 óbitos dos últimos anos.
 Esta formação deve ser estendida aos guias, pois os mesmos devem ser obrigados a ter reciclagens de formação, isto porque ainda este ano na levada do Alecrim presenciei uma senhora guia, ou pelo menos assim intitula-se que em vez de dar a sua palestra sobre ambiente e segurança no inicio do percurso, fez o mais inacreditável, ou seja esta senhora parou numa das zonas mais perigosas do percurso bloqueando a passagem a outros turistas e visitantes para explicar que ali era perigoso e que tinha de ter cuidado com zonas como estas pois por vezes são instáveis. Pois é, agora pergunto eu, se é instável porque raio para ali para falar nisso? Não tem noção do que é segurança? Será que não vê que até os seus "clientes" (pois eles vêm visitar a ilha e não a sua pessoa) estão assustados por ter esta pequena palestra ali?
 Este tipo de situações deve ser corregido e isso faz-se com regulação da profissão, ou seja com formação inicial sim, mas também com obrigatoriedade de avaliação periódica e reciclagens formativas.

 Cláudio Jardim 30/06/2014

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